Edson Nabuo Yabumoto foi apontado pelas investigações como o arrecadador de valores arrecadados pelo jogo do bicho em Tangará da Serra e região. Ele era, segundo a investigação, um dos integrantes da organização criminosa FMC Ello que, segundo ele, era comandada Frederico Coutinho Muller.
A informação é do delegado Flávio Stringueta, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), que ouviu, além de Edson e Frederico, um terceiro suspeito de integrar o esquema.
Sobre o suposto arrecadador em Tangará da Serra, Stringueta contou que Edson confirmou que recebia R$ 2 mil para fazer o serviço na cidade.
“Ele disse que participava, mas não deu muitos detalhes. Tem pouco conhecimento sobre o funcionamento, contou que ganhava R$ 2 mil, que saia da porcentagem da arrecadação do jogo do bicho”, disse o delegado.
Além de confirmar que atuava no esquema da FMC Ello, Edson teria citado ainda o nome de Frederico como o líder em oitiva, que aconteceu na manhã de ontem na Delegacia Especializada de Fazenda e Crimes Contra a Administração Pública (Defaz) e ouviu ainda Eduardo Coutinho Gomes.
Eles são alguns dos alvos da Operação Mantus, que desarticulou na última semana duas organizações criminosas acusadas de lavagem de dinheiro e exploração do jogo do bicho em Mato Grosso.
Frederico e Eduardo preferiram ficar em silêncio. “Esses dois disseram que só vão se manifestar em juízo, é um direito. Só o Edson que confessou, disse que fazia parte da organização e que arrecadava valores”, relatou o delegado.
Colaboração
O delegado acredita que faz parte da defesa dos acusados a orientação para não se manifestar durante as oitivas. “Eles dizem que precisam se aprofundar no teor da investigação”.
Por outro lado, Stringueta afirma que a Justiça vê com bons olhos quem tem a postura de colaborar e contribuir com a investigação.
“Os interrogatórios não nos auxiliaram muita coisa, mas temos provas suficientes contra cada um deles e duvido que consigam algum habeas corpus nos próximos dias”.
A polícia irá ouvir nesta quinta-feira, na sede do GCCO outros 4 presos, entre eles, João Arcanjo Ribeiro.