O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibilizou às 17h43 (horário de Brasília) desta quarta (18) o acórdão do julgamento que confirmou a cassação da senadora Selma Arruda (PSL). O documento já está publicado no Diário Oficial do órgão, que corre nesta quinta (19). A partir de então, o presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM) será comunicado para cumprir o afastamento da juíza aposentada do cargo.
Selma foi eleita com 678.542 votos em 2018 e ficou apenas uma no no poder. Em Tangará da Serra, a juíza recebeu 24.981 votos, sendo escolhida por mais de 33% dos tangaraenses.
Desta forma começa a contar o prazo para que a Justiça Eleitoral, em especial o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), organize e realize eleição suplementar, algo inédito em Mato Grosso.
De acordo com presidente do TRE-MT, desembargador Gilberto Giraldelli, o tribunal terá um prazo de 90 dias para realizar novas eleições. Em relação à data da eleição, Giraldelli explica que o TSE baixou uma portaria com possíveis datas para a realização de eleições suplementares em todo o Brasil – 12 de janeiro, 2 de fevereiro, 8 de março, 26 de abril, 10 de maio e 21 de junho. Assim, levando-se em consideração o prazo de 90 dias, a tendência é que seja realizada em 26 de abril ou 10 de maio. Uma opção mais remota também seria 8 de março, visto que já estamos às vésperas do recesso forense.
Selma teve o mandato cassado por caixa 2 e abuso de poder econômico no pleito de 2018. Foram identificados gastos de R$ 1,2 milhão fora dos registros com serviços de assessoria jurídica e contábil, propaganda e marketing, assessores pessoais, entre outros. No entendimento da maioria dos ministros do TSE, os gastos desequilibraram a campanha que sagrou a juíza aposentada como a mais votada.
Fonte: Rd News