Acusada de mandar matar Edinho, esposa nega. “Não existe bens, perdi família, casa e emprego”

A esposa do servidor público assassinado Edson Vicente da Costa, o Edinho, apontada nesta quinta-feira, 17, Pela Polícia Civil de Tangará da Serra como a mandante do crime, utilizou as redes sociais para negar a acusação. Em um grupo de WhatsApp, ela afirmou que “nada disso é verdade”.

“Não existe bens, nem seguro, nada. Eu amava meu Edinho. Estou em casa, sem carro, o carro está num inventário para ser dividido, perdi minha família, casa, emprego”, escreveu ela.

Na sequência, a mulher completa. “Estou sem saúde, sem emprego, tive Covid com 70% do pulmão comprometido em dezembro, desde então estou fazendo tratamento. O que tínhamos era uma casa financiada, um carro para acabar de quitar, mais nada. Moro com meus pais desde o ocorrido”, afirmou.

Nesta quinta-feira a Polícia Civil anunciou a prisão de um homem apontado na investigação como um suposto amante da acusada. O advogado dela, de acordo com a PJC, se comprometeu a apresenta-la nas próximas horas.

PJC aponta esposa como mandante do crime

A Polícia Civil esclareceu o homicídio que vitimou o servidor público Edson Vicente da Costa, o Edinho, em Tangará da Serra, com a identificação dos dois envolvidos no crime. A esposa da vítima e o amante dela tiveram as prisões preventivas decretadas na quarta-feira, 16, e são apontados na investigação como a mandante e o executor do crime.

O homem teve o mandado de prisão cumprido na manhã desta quinta-feira, 17, em ação dos policiais da Delegacia de Tangará da Serra. A esposa da vítima é procurada pela polícia. Segundo as investigações da Delegacia de Tangará da Serra, o crime teve motivação financeira.

Edinho foi morto a tiros na garagem de casa

O crime que vitimou Edinho, ocorreu no dia 06 de novembro de 2020, tendo grande repercussão na cidade. Na ocasião, o servidor retornava de um evento político, em sua motocicleta Honda Bros, quando foi abordado na garagem de casa por um homem armado, que efetuou vários disparos de arma de fogo, atingindo a vítima nos braços, tórax e cabeça. As investigações demonstraram que não foi um roubo e sim uma execução.

O autor dos disparos fugiu com a motocicleta da vítima. Logo após o fato, a esposa do servidor foi chamada ao local por vizinhos e encontrou a vítima caída na garagem, que chegou a ser socorrida, porém, não resistiu aos ferimentos.

As equipes da Polícia Civil iniciaram as diligências para identificar os autores do crime. Durante as investigações foram ouvidas diversas testemunhas que apontaram que a vítima não tinha inimigos, contudo, mantinha um relacionamento conturbado com a esposa.

Problemas matrimoniais e crise financeira podem ser motivação para crime

Os investigadores apuraram que o casal tinha problemas matrimoniais, mas não tinham a intenção de se separar para evitar a partilha de bens. A vítima teria contraído dívidas para comprar o carro e a casa e a esposa estava mantendo um caso extraconjugal e queria que o marido deixasse a residência.

Segundo o delegado responsável pelas investigações, Adil Pinheiro de Paula, outra questão que chamou a atenção da Polícia durante as investigações foi a pressa da esposa em acessar os bens do servidor após a sua morte. Os únicos dois interessados na morte da vítima foram justamente os suspeitos que tiveram a prisão preventiva decretada.

Acusado de ser autor dos disparos está preso

O homem foi preso no sítio dos pais, na zona rural do município de Santo Afonso, divisa com o município de Tangará da Serra. Ele não apresentou resistência e foi encaminhando à Delegacia da Polícia Civil em Tangará. O investigado será interrogado pelo delegado Adil Pinheiro nos próximos dias, na presença de seu advogado legalmente constituído.