Nesta terça-feira, 03, a Polícia Civil de Tangará da Serra foi acionada pela Polícia Penal após a localização de um corpo em posição de enforcamento dentro de uma cela na cadeia pública do município. Imediatamente, a Polícia Civil requisitou todos os procedimentos periciais à Politec, incluindo perícia de local de crime e exame de necrópsia.
No local, a equipe policial levantou as primeiras informações e, de acordo com o delegado Igor Sasaki, a cena encontrada não se tratava de um suicídio. Conforme explicou o delegado, foram identificadas várias lesões no corpo da vítima que indicam ausência de ligação com a hipótese de suicídio. As evidências sugerem que a vítima foi amarrada antes de ser colocada na posição simulada.
Apesar dessas constatações, o delegado frisou que a definição do caso ainda depende do resultado oficial da perícia. Contudo, segundo ele, o médico legista apontou indícios que reforçam a possibilidade de homicídio ocorrido dentro da cela, onde a vítima estava custodiada junto com outros 13 detentos, todos suspeitos de envolvimento no crime.
As lesões no corpo indicam que a vítima foi submetida a uma força física superior, sugerindo a participação de mais de uma pessoa. A suspeita é de que os presos tenham simulado um suicídio na tentativa de atrapalhar as investigações.

De acordo com o delegado Igor Sasaki, a Polícia Civil já iniciou os trabalhos de investigação e busca elucidar o caso o mais rápido possível. Ainda conforme o delegado, os policiais penais que estavam de plantão não ouviram qualquer movimentação anormal, e o corpo foi encontrado somente na troca de turno pela manhã.
A vítima estava custodiada há cerca de seis meses por porte ilegal de arma de fogo. Inicialmente, ela foi alocada em uma cela evangélica, mas, por não ter se adaptado, acabou sendo transferida para a cela onde foi morta. A polícia também apura se a vítima possuía algum tipo de envolvimento com organização criminosa, o que poderia ter motivado o crime. As investigações seguem em andamento.




